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Labubu: o bonequinho feio que custa caro e todo mundo quer - (mas minha mãe sempre disse que eu não sou todo mundo!)

  • inpact5
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura


Você já viu esse monstrinho de dentes pontudos, olhinhos arregalados e carinha de “acordei e nem penteei o cabelo”? Se sim, parabéns: você conhece o Labubu, o novo item de desejo da geração TikTok.

Mas afinal, o que é o Labubu?

Criado por artistas asiáticos da marca Pop Mart, o Labubu é um art toy, ou seja, um boneco colecionável com estética de arte. Parece um bicho-preguiça que passou por uma rave, mas carrega consigo muito mais do que uma aparência exótica: ele virou símbolo de status, personalidade e… algoritmo. 

Quanto custa?

Depende. Uma versão simples pode custar entre 20 a 50 euros. Já as edições limitadas ou raras podem ultrapassar os 300, 500 e até 1000 euros. Sim, você leu certo. Tudo isso por um bonequinho que não fala, não anda e nem segura sua barra quando você tá na bad.

Por que ele viralizou?

Porque o TikTok decretou: “Se você tem um Labubu, você é cool.”

Vídeos fofos, coreografias, unboxings, classe sociais mais elevadas usando em bolsas de luxo como Birkins e até psicólogos analisando o fascínio pelo boneco começaram a pipocar. Resultado? Gente que nunca ligou pra brinquedo que existe desde 2018 agora faz fila virtual para garantir o seu. 

Somado a tudo isso ele ainda faz parte da categoria colecionáveis com itens misteriosos e raros. Fatores que só favorecem ainda mais seu hype. O fenômeno foi tão grande que até as cópias nadaram nessa onda de viralização, conhecidas na internet como Lafufu. 

Ele virou um personagem, um acessório, um amuleto emocional..

Mas por que as pessoas estão dispostas a gastar tanto com isso?

Porque o Labubu oferece algo muito mais valioso que plástico pintado: pertencimento.

Ter um Labubu é dizer “eu faço parte da trend”, “olha como sou descolado sem esforço”, ou ainda “eu também quero um mimo que me faça esquecer por 5 minutos que o mundo tá um caos” (e depois ser lembrada pela fatura do cartão que além do mundo, meu financeiro também tá um caos rs).

Mas e quem já consome luxo? Por que também se rende?

Porque, no fim, nem o luxo escapa da lógica do desejo social e da influência digital. Pessoas que já têm bolsas de milhares de euros, sapatos assinados e viagens exclusivas, também querem o “objeto do momento” — não pelo valor material, mas pelo valor simbólico e social.

O Labubu, nesse contexto, não concorre com o luxo, ele complementa. Ele mostra que até quem está no topo quer se manter atual, conectado ao agora, e talvez até provar que consegue rir de si mesmo com um monstrinho peludo pendurado na Birkin. É o contraste que encanta: o ultra sofisticado com o ultra kitsch. E isso… viraliza.

No fundo, o Labubu é um espelho da nossa sociedade:

  • Consumimos o que está em alta, mesmo sem entender bem o porquê e mesmo sem ter dinheiro pra isso.

  • Nos conectamos com objetos como se fossem amigos, como se ter fosse mais importante do que ser.

  • E buscamos, de forma desesperada e silenciosa, um lugar para chamar de nosso, nem que seja no feed do Instagram com um monstrinho de olhos esbugalhados e cabelo duvidoso.


Conclusão:


O Labubu é feio. Mas ele é tendência. É meme. É desejo.

E talvez, seja também um lembrete fofo (e um pouco perturbador) de que todos nós só queremos nos sentir parte de alguma coisa.

Mesmo que essa coisa tenha cara de travesseiro molhado e nos custe um rim!

 
 
 

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